Por luiz teddy
Neste último final de semana tivemos o prazer de entrevistar um dos maiores nomes no que diz respeito ao Rock & Roll nacional, digo isso porque até hoje, com 74 anos continua fazendo rock & roll.
Sérgio Birilli Campello, mais conhecido como Tony Campello, nasceu em 24/2/1936 em Taubaté / SP. Cantor e produtor, iniciou carreira artística como vocalista do grupo Ritmos OK. Em 1958 foi a São Paulo
junto com a irmã, Célia, também cantora, para se lançarem profissionalmente.
Contratados pela gravadora Odeon (mais tarde EMI), iniciaram sua discografia cada um em um lado de um 78 RPM, com composições e acompanhamento do acordeonista Mario Gennari Filho: “Handsome Boy” com Célia e “Forgive Me” com Sérgio.
Foi durante uma entrevista de pré-lançamento deste disco para o programa Parada de Sucessos, apresentado por Hélio de Alencar na Rádio Nacional de São Paulo, que foram criados os nomes artísticos dos irmãos, Celly e Tony.
Entre os sucessos de Tony estão músicas como Pobre De Mim, Louco Amor, Boogie do Bebê e Pertinho do Mar (com vocais do grupo Teenage Singers, incluindo iniciantes como Rita Lee e Suely Chagas).
De todos os artistas nacionais que começaram a fazer rock no Brasil, muito antes da Jovem Guarda, Tony foi o cara que mais tive contato, afinal conheceu o Eddy Teddy no final dos anos 70 numa das feirinhas de disco.
Era muito comum encontrar o Tony Campello em eventos feitos pelo Eddy Teddy. Criou-se então uma amizade que perpetuou até hoje, afinal o carinho que temos por ele vai além da música.
Essa prova de amizade e respeito, ficou registrada no lançamento do disco Rockabilly Bop, onde o Eddy agradece e condecora o Tony como “A legenda Viva do Rock & Roll”.
Tony ainda guarda com o maior carinho uma flâmula da Collection Rock Fair, os postais, as fitas cassete, os compactos do Coke Luxe e a camiseta da Scania que ganhou do Eddy Teddy (camiseta que estava vestindo).
Em nossa entrevista para o documentário que rolou sobre um clima muito descontraído no estúdio Garagem de seu filho “Luiz”, pudemos além de relembrar de várias passagens em sua trajetória, escutar lances que rolavam em meados dos anos 50 em São Paulo quando o rock & rolll começava a surgir por aqui, os encontros na Rua Augusta, as gravações, os programas de televisão, sua parceria com a Celly, os encontros com o Eddy Teddy (Feiras de Disco, Shows, etc) e principalmente escutar entre um bate papo e outro algumas músicas que marcaram sua carreira, como Pobre de Mim, Baby Rock, Advinhão, etc.
Confesso que escutei uma das melhores versões de “Pobre de Mim”. Ter a honra de entrevistar o Tony para o documentário, foi voltar ao tempo e ter a certeza que o Tony Campello continua sendo um autentico rocker.
Infelizmente nesse país a maioria das pessoas só valorizam o artista quando esta morto, ou nem isso, ou preferem idolatrar artistas de outros países sem valorizar grandes astros que temos por aqui.
Esse é o Brasil !!!
As fotos realizadas durante a gravação e postadas no blog foram tiradas pela Carol (http://kitschchic.blogspot.com)
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