Venho observando que um dos assuntos relacionado as origens do rock bastante procurado no Blog é em relação ao estilo Teddy Boy, pouco divulgado no Brasil e particularmente um dos que eu mais gosto e atualmente venho divulgado através da minha banda Run Devil Run.
Em função disso resolvi preparar um texto para comentar um pouco sobre este lado mais obscuro e underground do rock & roll, responsável por cultuar e manter vivo o rockabilly num período onde o rock & roll estava praticamente morto.
Para os adolescentes de hoje é quase impossível imaginar viver na Grâ Bretanha após-guerra onde a única coisa que crescia era o desemprego.
Um festival enorme e bem sucedido denominado de Festival Of Britain em 1951, promovido como um tônico para os Britânicos deu uma espécie de alavancada no país, mas em compensação fizeram muito pouco para a juventude.
Infelizmente os adolescentes britânicos não tiveram nenhum modelo como Elvis ou James Dean, poucas aspirações ou identidade real.
Era a brigada de Edwardian, marcado pelos Teddy Boys no final de 1953, onde a maioria era essencialmente sem instrução profissional ou jovem das classes trabalhadoras, excluídos das abundâncias desfrutadas pelos jovens das classes mais altas.
Para os jovens ingleses ser ou não um Teddy Boy era o dilema durante a década de 50. Inclusive, John Lennon chamava atenção pelas ruas de Liverpool por ser um dos adeptos do estilo.
Apesar do aspecto vicioso associado com estas juventudes perigosas, ninguém podia discordar que o nível de sofisticação estranha refletida principalmente no vestuário extremamente chamativo, comparado a outros estilos conhecidos, os aficionados ao estilo de Edwardian mostraram claramente seu amor-próprio ao suportar os arredores da Grâ Bretanha.
Acredita-se que o estilo começou realmente em Londres como um renascimento de após-guerra bem discreto, baseado na aristocracia de Edwardian, que era cultuado pelos garotos trabalhadores da classe operária.
O estilo incluía penteados elaborados (o estilo “duck arse”), paletós drapeados engomados e compridos ornamentados com golas de veludo e bolsos com abas engomados pseudo-eduardianos (dai a origem do nome), calças jeans de cintura alta bem justas no modelo “drainpipe (cano de esgoto) e meias coloridas, sapatos de sola grossa de crepper (“”brothel creepers), uma gravata bem fina amarrada com cadarço dava o arremate final ao look e os cabelos compridos com costeletas, muita brilhantina para segurar o penteado que era puxado até o meio da testa.
Ás preferências musicais dos teds incluíam no início o rock n roll e o rockabilly. Nos anos de 1950, na Autrália e na Nova Zelândia, as versões locais dos teds foram chamadas de “bodgies”.
As atividades dos teddy boys concentravam-se em torno do rock n roll, dos coffee-bar, dos cafés com vitrolas automáticas e dos pubs. Envolveram- se em brigas em cinemas e salões de baile durante o advento do rock n roll, bem como nos conflitos raciais de 1958 no Reino Unido: “”os teds eram fundamentalmente proletários e xenófobos“” (Hebdige 1979).
Nos anos de 1970 e 1980, houve um renascimento “teddy boy”, apesar de o vestuário e o comportamento dos teds modernos terem conotações diferentes, mais reacionárias e mais próximas do machismo da classe trabalhadora sua cultura de origem.
Durante os anos 70, a musica rockabilly passou por um período conturbado, mantida nos guetos de Londres pelos Teds e com isso cada vez mais aumentando sua popularidade entre estas gangs, com isso o visual acabou sendo plagiado por Vivienne Westwood e Malcolm McLaren através de sua loja na London’s Kings Road.
A nova geração ds adotou alguns aspectos dos Teds dos anos 50 , mas com uma grande quantidade de influência do rock glam, incluindo umas cores mais vivas para o seu revestimentos, creepers estilizados e meias coloridas e para incrementar o visual foi adicionado um pouco de laquê e brilhantina para moldar o cabelo.
No final dos anos 70 a nova geração de Teds se tornaram arque inimigo dos punks, movimento que tinha a própria inspiração do visual na loja de McLaren.
O começo dos 90 ouve um renascimento do estilo original dos Teddy Boys por um grupo de homens conhecidos como The Edwardian Drape Society (T.E.D.S), baseado na área de Tottenham do norte de Londres, foram estados relacionados com a recuperação do estilo original que sentiram que tinha se tornado banalizado pelo pop e pelo glam tais como Showaddywaddy e Mud nos anos 70.
Foram os assuntos de um curta criados pelos Teds e por Bruce Weber, que premiou no festival de Cambridge Film Festival em julho 2006.\
Algumas vertentes seguiam para lados mais perigosos, formando gangues violentas e racistas. Mas mais do que procurar brigas, o que os Teddy Boys buscavam era a construção de sua identidade através das roupas. Seguindo a frutífera corrente do período pós-guerra na Inglaterra, em que podiam bancar financeiramente suas próprias vestimentas, foram responsáveis por inserir a moda na vida dos adolescentes, que antes disso só se vestiam como os pais.
Hoje, a imagem de Edwardian e o estilo de vida estão mais do que vivos. O visual foi praticamente inalterado, os cortes de cabelo, e a música é ainda são as mesmas.
Os clubes de Rock & Roll permanecem tocando bopping e jiving, musicas prediletas pelos Teds e sua danças autenticas continuam da mesma forma selvagem de pular no chão. A única diferença é que a agressividade das lutas nas ruas e as armas são coisas do passados.
Mas uma coisa é certa, os Teddy Boys vieram para ficar.
Assista:
Aeee, muito bom!!
ResponderExcluirAdoro estes posts seus!!
Aguardo mais, muito mais!!