quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Noir - ou - Uma noite de merda

Noir - ou - Uma noite de merda


Noite alta, cães vira-latas mexem no lixo jogado nos becos. A fumaça do cigarro sai espessa, tropeço em meus próprios passos. Vejo a sombra lúgubre em forma de vareta de Constantin, está parado debaixo de um poste de luz mortiça. Na sua mão um isqueiro sendo virado de lado a lado, um daqueles Zippos sem nada de especial. Não era um encontro casual, ele tinha notícias da pequena que sumiu do bordel da central.
— E aí Constan? Quais as novas? – acendi outro cigarro enquanto perguntava quase sem entonação.
— A pequena saiu mais cedo ontem à noite, foi direto pro carro do figurão da jogatina clandestina, segundo me disseram…
— Mas a fonte é quente?